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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro

Por Thatiana Amaral



Uma igreja católica cujo projeto arquitetônico inspirou-se no templo Maia de Chichén Itza, na Península de Yucatán, no México. A Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro é umas das preciosidades do patrimônio histórico-cultural fluminense que se encontra disponível para visitação no centro do Rio de Janeiro.

                                                                    Thatiana Amaral

O templo começou a ser construído na década de 1960 para atender uma demanda de quase 300 anos. Embora a Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro tenha sido criada em 1676 pela bula do Papa Inocêncio XI, a cidade não possuía uma catedral própria. Neste período, foram adotados espaços emprestados: a capela construída pelo governador Salvador de Sá no Morro do Castelo; a irmandade de Santa Cruz dos Militares (1734-1737); a irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (1737 - 1808); e a paróquia de Nossa Senhora do Carmo (1808-1964).

O projeto de estrutura cônica foi elaborado pelo arquiteto Edgar Fonceca a partir das idéias concebidas pelo Cardeal Câmara e discutidas com o executor das obras, Monsenhor Ivo Antonio Calliari. Em 20 de janeiro de 1964, as construções se iniciaram com a benção da pedra fundamental pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal D. Jaime Barros Câmara. Oito anos depois, o Cardeal D. Eugênio Sales celebrou a primeira missa nessas dependências durante as comemorações do natal. Contudo, a inauguração oficial somente aconteceu no final da década de 1970 com a sagração do Altar-Mor. 


                                                                   Thatiana Amaral
 
O templo possui 75 metros de altura e 106 metros de diâmetro. A área total de 8 mil metros quadrados abriga cerca de 20 mil pessoas em pé e 5 mil sentadas. As grandes dimensões do edifício podem ser observadas logo na entrada. O portal principal mede 18 metros de altura, no qual estão dispostas 48 placas de bronze em baixo-relevo que representam “o credo do povo de Deus”.

O simbolismo religioso está presente em muitos ornamentos da construção. No seu interior há quatro vitrais (64,50 x 17,80 x 9,60 metros cada) que conferem uma iluminação mística ao interior da igreja de acordo com a posição do sol. Os mesmos têm como tema as características da igreja católica: una - uma só igreja , liderada por Jesus Cristo, o Bom Pastor (vitral verde); Santa - um só Deus, o Santo dos santos (vitral vermelho); Católica - uma só missão de anunciar o Evangelho para todo o mundo (vitral azul); e Apostólica - uma só doutrina transmitida pelos apóstolos (vitral amarelo).

Alguns metros acima do Altar-Mor, encontra-se uma cruz, sustentada por seis cabos de aço em formato de um terço. O peso desta cruz não se sabe ao certo, mas há quem diga que estes cabos sustentam todos os pecados do mundo. Esta obra é de autoria do escultor Humberto Cozzo, assim como as imagens da Virgem Maria e de São João Evangelista em suas laterais.

Cozzo possui outras obras no interior do templo. Entre elas, os quadros localizados nas proximidades no altar de São José e de Nossa Senhora. Os dois primeiros, evocam a benção da primeira pedra da catedral, em 1964, e a última procissão do padres capuchinos morro do Castelo, em 1922. Já os quadros presentes no altar de Nossa Senhora representam o marco da fundação da cidade pelo Capitão-Mor Estácio de Sá, em 1o de março de 1565, e a batalha entre portugueses e franceses, em 1566. Conta a tradição que os portugueses, mesmo em número reduzido, ganharam o conflito contra pelo menos 3 mil tamoios devido a aparição de uma imagem de São Sebastião no céu durante o combate.

Também se localiza nesse espaço um museu Arquidiocesano de Arte Sacra com mais de 5 mil peças registradas. Entre elas, há alguns destaques, como por exemplo: a fonte utilizada para batizar os príncipes da família real; O trono de D. Pedro II; e a rosa de ouro concedida pelo Papa Leão XII à princesa Isabel pela assinatura da abolição da escravatura no Brasil.

Outras raridades encontradas no interior da catedral são as imagens situadas nos nichos da Capela do Santíssimo. A estátua peregrina de São Sebastião é uma cópia em resina, feita pelo artista plástico Weissmar Robertson, da imagem trazida por Estácio de Sá na ocasião da fundação da cidade, em 1565. Por outro lado, a representação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi doada pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno.

Próximo ao Museu de Arte Sacra, situa-se o “Portal da Saudade” com cerca de 25 mil ossuários. Para garantir o seu pedacinho no templo sagrado é necessário desembolsar de 5 a 10 mil reais. Mas os que ali se encontram recebem, toda segunda-feira, uma missa celebrada para o sufrágio de suas almas.

A Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro está localizada na Avenida Chile, no 245, no Centro do Rio de Janeiro. O templo está aberto ao público de segunda a domingo, das 7h às 17h. Os interessados podem assistir as missas aos domingo às 10h no Altar-Mor, segunda às 12h na Capela das Almas e de terça a sábado às 12h na capela JMJ. Também está disponível para visitação o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra (entrada R$ 5,00) nos seguintes horários: quarta de 9h às 12h e das 13h às 16h; e Sábado e Domingo das 9h às 12h.





segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Jogos Paralímpicos 2016 - Superação e Inclusão


 O Evento Olímpico Rio 2016 entrou para a história fortalecendo o Turismo no Brasil e aumentando o interesse da população por esportes olímpicos. A saudade já existe, porém poderá ser suprida temporariamente pela Paralímpiada 2016 na Cidade do Rio de Janeiro.

 Os primeiros eventos competitivos voltados para pessoas com deficiência surgiram na Inglaterra e nos Estados Unidos, logo após a Segunda Guerra Mundial – muito em função de inúmeros ex-combatentes terem perdido membros ou a audição enquanto lutavam. Os jogos pioneiros foram realizados em Stoke Mandeville, onde localizava-se um importante hospital e o Centro Nacional de Lesionados Medulares, em 1948. O Centro foi criado pelo governo inglês com a ajuda do neurologista Ludwig Guttmann para tratar os soldados feridos na guerra. Para tanto, os médicos adotaram o esporte como parte da reabilitação médica. Essa não era uma prática muito comum naquela época. Embora já acontecessem algumas promoções esportivas para portadores de deficiência, os Jogos de 1948 foram considerados um marco na história do esporte paraolímpico e ficaram mundialmente conhecidos como os Jogos de Stoke Mandeville, que reuniram 16 atletas, todos veteranos de guerra.

 A realização dos Jogos de Stoke Mandeville, “coincidiu” com os Jogos Olímpicos de Londres, deixando claro, desde o início, o desejo do médico Ludwig Guttmann da criação de uma Olimpíada para os portadores de deficiência. O sucesso do método implantado pelo neurologista com seus pacientes foi tão grande que, pouco a pouco, médicos do mundo inteiro passaram a usar o esporte também como uma nova forma de reabilitar seus pacientes. E já que pessoas portadores de deficiência de outros lugares, além da Inglaterra, estavam praticando esporte, nada melhor do que organizar uma nova competição. E foi assim que, em 1952, foram realizados os Jogos Internacionais de Mandeville, que reuniram nada menos do que 130 atletas ingleses e holandeses.

 O sonho de Guttmann, porém, concretizou-se mesmo em 1960, com a realização dos Jogos Paraolímpicos de Roma, evento considerado pelo Comitê Paraolímpico Internacional, como o primeiro grande evento. Os Jogos Paraolímpicos de Roma, chamados de Olimpíadas dos Portadores de Deficiência, reuniram 400 atletas, de 23 países, porém, todos cadeirantes. A competição teve todo o apoio dos dirigentes mundiais e desde então, os Jogos Paraolímpicos passaram a ser realizados nas mesmas cidades e nas mesmas instalações dos Jogos Olímpicos.

                                                                         Reprodução


 Desde então, o número de atletas e modalidades disputadas não parou mais de crescer. De 400 atletas e 23 países participantes nos Jogos de 1960, fomos para 4 mil atletas e 143 países nos Jogos de Atenas, em 2004. Além do aumento incrível no número de atletas, muita coisa evoluiu no esporte para deficientes de lá para cá. O esporte para pessoas com necessidades especiais deixou de ser amador e passou a ser a atividade profissional dos atletas que passaram a buscar o alto rendimento nas competições.

Os jogos paralímpicos de 2016 acontecerão em Setembro entre o dia 07 e 17, com 27 modalidades esportivas e muitos atletas lutando para conseguir medalhas. Os atletas brasileiros tem tido um destaque muito grande nas paralímpiadas conseguindo muitas medalhas e colocações excelentes. Vamos torcer!


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